Tarifa dos EUA sobre café brasileiro dispara preços e movimenta exportações para Europa e Ásia

 Tarifa dos EUA sobre café brasileiro dispara preços e movimenta exportações para Europa e Ásia

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A cobrança de uma tarifa de 50% sobre o café brasileiro pelos Estados Unidos, em vigor desde o início de agosto, já provoca fortes impactos no mercado global. O preço do grão subiu de forma acelerada e as exportações para outros continentes ganharam fôlego. Em menos de um mês, o contrato futuro do café na Bolsa de Nova York (ICE) registrou alta de mais de 31%, passando de US$ 287 para US$ 378 por saca.

Segundo Márcio Ferreira, presidente do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a medida fez com que os importadores norte-americanos suspendessem compras do Brasil e buscassem outros fornecedores. “O mercado não consegue prever onde está o pico de preços”, destacou.

Ferreira explica que, diante da oferta mundial já limitada, compradores da Europa e da Ásia anteciparam encomendas para assegurar o produto, o que aumentou ainda mais a pressão sobre os preços.


(Fonte: Reprodução/Getty Images) 

Dois fatores principais sustentam o movimento de alta:

As tarifas americanas: que redirecionaram a demanda global para um número limitado de fornecedores.

Perdas na safra brasileira: Geadas no Cerrado Mineiro causaram a perda de pelo menos 412 mil sacas de café arábica, intensificando o cenário de escassez. “O mercado não consegue prever onde está o pico de preços”, comentou Ferreira

O presidente do Cecafé destacou que os maiores impactados são os consumidores dos EUA, que estão pagando mais pelo café não só do Brasil, mas também do Vietnã e da Colômbia, que também foram taxados. Ferreira espera que essa pressão do consumidor se torne um “aliado” na luta do setor por uma isenção tarifária.reira acredita que essa insatisfação pode se tornar um “aliado” do setor na tentativa de derrubar a tarifa.

Apesar da barreira dos EUA, os embarques de café verde nas três primeiras semanas de agosto cresceram 14% em relação ao mesmo período de 2023, impulsionados pelas vendas para novos mercados. Em julho, por outro lado, as exportações haviam caído 27,6% em volume, mas registrado alta de 10,4% em valor, reflexo de um cenário de preços já em ascensão.

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