Clima úmido favorece a redução de queimadas no Brasil, diz Nottus

 Clima úmido favorece a redução de queimadas no Brasil, diz Nottus

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O Brasil registrou uma queda histórica no número de queimadas, chegando a uma redução de 73% em agosto em comparação com o ano passado. Foram 18.451 focos neste ano contra 68.635 em agosto de 2024, de acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Segundo a Nottus, empresa de consultoria meteorológica, a tendência é que a redução continue, reflexo das condições climáticas mais favoráveis, com o aumento das chuvas e do clima mais úmido.

“O ano de 2025 tem sido mais chuvoso em relação a 2024”, diz Guilherme Martins, meteorologista da Nottus especialista em queimadas. “Para outubro, nossos levantamentos indicam que a chuva deve ganhar força, consolidando o início do período úmido a partir da metade do mês”, complementa.

No acumulado de janeiro a agosto, o Inpe identificou 47.531 incêndios em vegetação, uma queda de 62,6% em relação ao mesmo período de 2024 (127.051 focos). A média histórica para o período (2003 a 2024) é de 89.171 focos. “A tendência até o fim do ano é de aumento das precipitações em grande parte do país, sem atrasos relevantes para o início do período úmido. Do ponto de vista climático, portanto, a estimativa é de redução no número de queimadas no Brasil”, afirma Martins.

A área atingida por queimadas nos sete primeiros meses do ano diminuiu, passando de 113.677 km2, em 2024, para 106.780 km2 em 2025. Todos os biomas brasileiros registraram diminuição das queimadas em agosto, comparado com o ano anterior, exceto o Pampa, que apresentou alta de 24%.

Quase todos os biomas brasileiros registraram diminuição das queimadas em agosto, comparado com o ano anterior. A maior redução ocorreu no Pantanal (99%), seguido pela Mata Atlântica (84%), Cerrado (54%) e Caatinga (2%). A exceção foi o Pampa, que apresentou alta de 24%.

Os estados com o maior número de incêndios em vegetação em 2025 foram Maranhão (2.493), Mato Grosso (2.322) e Amazonas (1.842).

Reforço no Combate

Além das condições climáticas, o reforço nas medidas de combate ao fogo foi decisivo. A aprovação, em junho, da Lei 15.143/25 facilitou a transferência de recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) para estados e municípios.

Com isso, foi possível contratar 4.385 brigadistas – 26% a mais que no ano passado –, adquirir aeronaves para lançamento de água nas áreas atingidas e renovar a frota de veículos usados nas operações de combate.

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